Meu bebê já tem 6 meses: hora de introduzir complementação alimentar.

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O leite humano oferece os nutrientes que a criança necessita para iniciar uma vida saudável e representa o alimento essencial para o lactente até o sexto mês de vida como alimento exclusivo, mas que deve ser complementado com outras fontes nutricionais a partir desse período.

A complementação alimentar é o período no qual outros alimentos, sejam eles sólidos ou líquidos, são oferecidos a criança em adição ao leite materno em função de que a partir dessa idade ela já desenvolve reflexos necessários para a deglutição, podendo reconhecer novos sabores e texturas.

            Por isso é preciso ter uma preocupação a respeito da qualidade dos alimentos que estão sendo ofertados na infância, pois os processados devem ser evitados por possuírem em sua composição sódio em excesso, muitos conservantes e açúcares, podendo causar uma série de patologias como diabetes, hipertensão arterial e obesidade.

            As orientações sobre introdução de alimentos para os bebês merecem minuciosa atenção e engajamento por parte dos profissionais de saúde e da família. Assim sendo, o nutricionista tem fundamental importância fornecendo uma orientação adequada aos pais sobre a introdução de alimentos corretos na dieta das crianças, proporcionando meios para que elas alcancem seu potencial biológico e cresçam com maior qualidade de vida diante de uma melhor nutrição possível para a demanda de um corpo que ainda está em desenvolvimento e é imaturo.

Mas é preciso não esquecer que os alimentos serão oferecidos em complementação ao leite materno e não como substitutos. Entretanto, sabe-se que existe uma elevada prevalência de mães que começam a realizar a introdução de outros alimentos em substituição ao leite materno, podendo trazer alguns prejuízos para a criança.

Vários fatores podem influenciar na prática ou não do aleitamento materno e na introdução da alimentação complementar. As mães podem alegar a causa do desmame precoce queixas como: leite incapaz de suprir as necessidades do lactente; demora da “descida do leite”; ingurgitamento mamário; manejo; mamilos machucados e doloridos.

Além disso, a escolaridade, situação instável com o companheiro, saúde mental, alcoolismo e trabalho fora de casa, são também situações que podem ter grande peso nas tomadas de decisões sobre alimentação complementar antes dos seis meses de idade.

Mas é fundamental salientar que embora a introdução precoce de alimentos traz desvantagens para o lactente e podem comprometer a sua saúde, introduzir tardiamente a complementação alimentar, pode retardar o crescimento da criança, aumentando o risco de deficiências de micronutrientes essenciais como ferro, cálcio, ácido fólico, vitamina A,  vitamina C e zinco.

De modo geral, introdução deve ocorrer de forma lenta e gradual, ofertando alimentos nutritivos, sólidos ou líquidos, diferente do leite materno, respeitando sempre o crescimento, apetite da criança e sua capacidade de mastigação.

É preciso, portanto, ter muito cuidado com as atitudes tomadas pois a prática de uma alimentação precoce e iniciada de forma incorreta pode estar ligada à existência de crenças e práticas da cultura brasileira mostrando-se conflitivas com as recomendações para alimentação do lactente.

Todos os hábitos alimentares buscam um futuro bem próximo de qualidade de vida e saúde. As práticas adotadas nos primeiros vinte e quatro meses de vida é de extrema importância, pois é o período no qual os hábitos alimentares são estabelecidos e consequentemente se refletirão na adolescência e na idade adulta

A importância do profissional de nutrição juntamente com os demais profissionais de saúde, principalmente os ligados a atenção básica, para orientação e conscientização das mães e/ou cuidadoras, em relação a forma correta de alimentar o bebê, respeitando cada fase, visando sempre uma boa saúde e o bem estar é de fundamental necessidade. Oferecendo a criança todos os grupos de alimentos tais como, cereais, tubérculos, pães, verduras, legumes, frutas, leite e produtos lácteos, (3 porções diárias de cada grupo) carnes, miúdos, ovos e leguminosas (2 porções diárias de cada grupo) e os açúcares só são recomendado a partir dos 2 anos de idade.

Enfim, os cuidados maternos representam forte impacto sobre a saúde da criança e assim tendo influencia na formação dos hábitos alimentares. Normalmente, mães com hábitos alimentares inadequados dificilmente irão estabelecer uma alimentação infantil adequada.

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