A agressividade é um comportamento que faz parte da vida dos seres humanos. Entretanto, é bem difícil de ser identificada, pois suas manifestações são diversas, assim como sua origem.
Ela tem um caráter inato, para alguns autores, mas é muito difícil dizer se alguma criança vai apresentar ou não algum comportamento agressivo, dado que cada um lida de maneira diferente com os impulsos agressivos.
A agressividade, é normal nas primeiras fases de vida desenvolvimento, sendo que, mesmo comportamentos iniciais da criança podem ser interpretados como agressivos. Desde a barriga da mãe, para alguns teóricos, a criança manifesta a sua agressividade, por meio dos pontapés na barriga. Em outras perspectivas psicológicas, o ato de sugar os seios maternos, pode também ser visto como um ato agressivo.
Outra perspectiva da agressividade é a da teoria da aprendizagem social, que afirma que, a agressividade não tem sua origem em um instinto ou em uma frustração. Sua origem esta relacionada à aprendizagem.
A criança aprende com o comportamento das outras pessoas a qual ela passa a usar como exemplo, ou modelo. Tais comportamentos são adquiridos durante a convivência e usados como modelo para as crianças que nem mesmo sabem às vezes o que estão fazendo. Crianças que vivem diante de muitas discussões e brigas e onde a solução de problemas ocorre por meio de agressão são influenciadas por esse meio e passam a ser mais agressivas que as outras.
De qualquer forma, ambos os aspectos, o inato e a influência do ambiente podem estar presentes no comportamento agressivo da criança. O instinto pode encontrar uma falha no meio para que possa ser expresso de forma mais saudável.
Neste sentido é que a agressividade em alguns casos, pode ser considerada o apelo emitido pela criança para que suas necessidades sejam atendidas, como a de ser amada e contar com as outras pessoas que estão ao seu redor.
Sem dúvida a criança no seu desenvolvimento emocional necessita absolutamente de um certo grau de ambiente favorável se quiser transpor os primeiros e essenciais estágios desse desenvolvimento.
Assim, é importante que os “modelos” revejam suas atitudes, pois acabam ensinando, como lidar com as frustrações. Também a escola na figura dos educadores pode ser para a criança um modelo de como agir, lhes ensinando, por exemplo, a se utilizarem o dialogo para enfrentar as situações de conflito.
Se por exemplo, os pais acompanham o desenvolvimento do seu filho, mesmo com a agressividade que todo o ser humano possui, estarão dando o tempo ao filho para adquirir todas as formas de lidar com o choque de reconhecer a existência de um mundo situado fora do seu controle mágico, que gera frustração e a consequente agressividade.
Assim, é tarefa de pais e professores cuidar para que as crianças nunca se vejam diante de uma autoridade tão fraca a ponto de ficarem livres de qualquer controle ou, por medo, assumirem elas próprias a autoridade.
Algumas crianças veem seus impulsos agressivos controlados nas outras pessoas. Outras guardam sua agressividade para elas próprias reprimindo esses impulsos e outras ainda projetam a sua agressividade nos sonhos que sonham, ou seja, nos sonhos agressivos a criança manifesta sua agressividade sem que isso cause um dano real. Na atividade onírica ocorre um determinado grau de excitação no corpo que constitui uma experiência concreta e não apenas um exercício intelectual.
Outras crianças podem utilizar ofensas, prejuízos ou destruições, materiais ou morais, a outra pessoa ou a si mesmo, para expressar sua agressividade. Algumas utilizam empurrões, mordidas, chutes, pontapés, puxões de cabelos, também para manifestarem seus impulsos agressivos.
Assim, tente identificar na criança suas formas de agressividade, e ajude-as a compreender o que ela significa, o que ela está tentando comunicar. Aproveite para verificar como tem lidado com a própria agressividade. Ela está servindo como modelo?. Já havia pensado nisso?