Ceder ao desejo de uma criança e adotar um animal, vale a pena?

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Contrariamente ao que se poderia supor, a existência de animais em casa pode ajudar e ter seu valor terapêutico. Aliás, na pré-história os animais eram utilizados como forma de proteger o território em que o homem vivia.

Os cães são ótimos companheiros para brincadeiras e exercício, os gatos têm atitudes que os tornam interessantes e até os movimentos dos peixes no aquário trazem animação visual e acalmam as crianças quando elas precisam, por exemplo, de ir para a cama.

Conforme a interação homem animal, foi se desenvolvendo, surgiram ideias a respeito da utilização de animais como recurso terapêutico.

Entre os benefícios de ter um animal em casa encontram-se:

– os animais de estimação proporcionam melhoria da qualidade de vida para as pessoas,

– eles trazem estados de felicidade,

– diminuem sentimentos de solidão,

– auxiliam na melhora de condições físicas e psíquicas,

– diminuem os riscos de alergia e asma,

– ampliam a sensação de segurança,

– melhora a imunidade de bebês e crianças,

– ajuda a criança a se sentir importante e ajuda no desenvolvimento da auto-imagem positiva,

– desenvolve sentimentos de compaixão e empatia nas crianças e nos adultos, por saberem que o animal de estimação necessita de comida, água, exercício e companhia.

Além de todos esses aspectos, é preciso considerar que 

a presença de um animal, pode ajudar a aliviar a ansiedade de separação em crianças quando a mãe e o pai não estão ao redor.

Estudos também têm demonstrado que os animais podem ajudar a acalmar crianças hiperativas ou excessivamente agressivas.

Brincadeiras com cães e gatos podem até ser uma porta de entrada para a aprendizagem para uma criança, estimulando a imaginação e sua curiosidade.

Algumas crianças com autismo ou outras dificuldades de aprendizagem são mais capazes de interagir com animais do que pessoas. Elas muitas vezes, dependem de sinais não-verbais de comunicação, assim como os animais fazem: aprender a se conectar primeiro com um cão ou gato pode ajudar uma criança autista em suas interações com as pessoas.

Ao brincar com um animal a criança permanece alerta e atenta durante o dia, e pode reduzir também o stress e frustração causados por alguma deficiência de aprendizagem.

Os bichos de estimação podem também servir de confidentes e vários estudos no campo da Psicologia demonstraram que as crianças que “falam” com os animais são menos tímidas e ansiosas.

Entretanto, é preciso saber que a maior parte das responsabilidades serão dos adultos. Comprar ração, levar ao veterinário, dar banho, controlar seus horários de comida, passeios, entre outros detalhes, não estarão ao alcance da criança.

Finalmente a função terapêutica dos animais de estimação, tem como objetivo desenvolver e melhorar as condições físicas, sociais, emocionais e cognitivas de pessoas.

A Terapia Assistida por Animais (TAA), utiliza o animal como ferramenta terapêutica e é realizada por profissionais capacitados da área da saúde crianças que atestam que, crianças que convivem com animais de estimação, quer sejam cachorros,  gatos, coelhos, chinchilas, hamsters, peixes, cavalos ou pássaros se tornam mais afetivas, solidárias, sensíveis, com maior senso de responsabilidade, e compreendem melhor o ciclo vida-morte.

Quando a TAA utiliza somente cães, ela é chamada também de cinoterapia e quando se utiliza cavalos é denominada de equoterapia.

Entretanto, é preciso saber que, conviver com os animais pode favorecer a transmissão de zoonoses e alergias ao pelo.

Em caso de perda, seja por doença, desaparecimento ou roubo, pode acarretar muito sofrimento e angústia, inclusive depressão para a criança e adultos.

Nessa convivência com os animais é preciso também levar em consideração os custos para cuidar deles, os riscos de receber mordidas assim como o desenvolvimento de fobias por animais.

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