Falar dormindo, cujo termo médico é solilóquio é uma parassonia que se refere a falar ao dormir. A fala pode ser bem alta, variando de sons simples até longos discursos, e pode ocorrer várias vezes durante o sono.
O solilóquio é considerado um distúrbio benigno muito frequente na infância cuja ocorrência diminui na idade adulta, pois por si só é inofensivo, mas pode causar constrangimento se acordar os outros.
É um dos distúrbios do sono mais comuns entre as crianças e acontece quando elas, murmuram ou gritam durante o sono. Geralmente termina com a puberdade, mas ele pode persistir durante a vida adulta (em torno de 4% dos adultos falam durante o sono).
Um pouco mais de 50% das pessoas já teve solilóquios esporádicos, ao menos uma vez por ano, sendo que só 10% delas apresentam solilóquios com frequência, pelo menos uma vez na semana, principalmente quando se atravessa períodos de ansiedade e estresse.
Esse fenômeno ocorre por que o indivíduo se encontra na fase REM, também denominado de sono paradoxal, no instante em que as portas do sonho se abrem. Os neurônios nesse momento trabalham de modo muito intenso, quase que no mesmo nível de quando se está acordado. A fantasia se acelera e sonha-se que se está correndo, voando, fazendo carinho e também falando.
Nessa fase do estado REM os músculos da boca e cordas vocais normalmente ficam inativas, mas durante um breve instante, rompe-se o controle e as palavras pronunciadas nos sonhos, saem em voz alta, ou seja, ocorre uma súbita desconexão do onírico, onde o sistema motor volta a estar ativo.
Outro tipo de sono chamado “transitório” fora do estado REM, é um estado no qual o indivíduo fica semiacordado o que favorece alguns estádios de vigília que permite, novamente, falar em voz alta.
O que precisa ser investigado é se o solilóquio ocorre por si mesmo ou é consequência de outra desordem no sono REM, como por exemplo:
- Sonambulismo.
- Terror noturno.
- Transtornos alimentares relacionados ao sono.
Alguns cuidados precisam ser assumidos.
-Não se deve acordar uma pessoa solilóquio, pois ela pode se assustar muito.
-Cuide da alimentação da criança que pode ser estimulante e pesada e deixar o corpo mais excitado.
-Não se agite ao presenciar o solilóquio.
-Evite que a criança durma até tarde e que faça exercício noturno, para que ela possa a noite ter um sono mais tranquilo.
– Não permita o uso de aparelhos eletrônicos, que inibem a produção de melatonina e dificultam o sono.
– Verifique a iluminação adequada do quarto. Reveja se o colchão, travesseiro e posição de dormir.
– Mantenha a rotina do sono de forma regular pelo menos 7 horas por noite.
– Lembre-se de que embora não seja grave, esse comportamento pode ser reflexo de outra desordem de sono mais grave. Assim a busca de um especialista é uma grande possibilidade.
Mas o que é dito nesses momentos? Quais os sentidos das falas? Com certeza são significativas apenas para quem as emite, mas incompreensíveis para quem as escuta.
Eu tenho 58 anos e falo dormindo. As vezes acordo com minha fala. Qdo estou acompanhada, recebo a informação no dia seguinte que falei a noite toda.
É um perigo falar dormindo. Vai que são ditos nomes indevidos.
Meus filhos falam dormindo e gritando e isso me incomoda bastante pois acordo assustada pensando que está acontecendo algo grave
Tem duas noites na qual meu filho conversa a noite, ele fala, da pausa, aparenta responder a uma conversa mesmo, e as duas vezes ele estava sentado em sua cama conversando, isso é comum ou devo me preocupar?
Minha filha tem 3 anos e está falando quando dorme e sempre acorda e começa chorar. Me preocupei
Minha filha tem 7 anos e fala muito dormindo, geralmente fala sobre o q ela vivenciou no dia, como se tivesse contando pra alguém tudo q aconteceu durante o dia dela…. Obs: Acordada ela é muito ativa e bem falante tbm!